Um dos mais marcantes fenômenos do século XX foi o renascimento da religião da Deusa na cultura ocidental. Presente desde tempos imemoriais em todas as civilizações antigas, o princípio sagrado feminino personificado em múltiplas facetas e arquétipos da Grande Mãe foi eclipsado, depois renegado e aos poucos ocultado pelos conceitos e dogmas das religiões patriarcais.
Existem atualmente várias religiões e caminhos espirituais tradicionais e modernos, mas eles são desprovidos de tradições sagradas para as mulheres, e alguns chegam até mesmo a promover e defender as “incontestáveis” autoridade e supremacia masculinas.
Apesar do seu ocultamento, a Tradição da Deusa não chegou a desaparecer totalmente; ela seguiu um ciclo de ascensão, florescimento e declínio devido às transformações sociais e culturais ocorridas nos últimos 4000 anos.
Acreditava-se que tudo nasceu de uma mulher, todos os seres vivos foram gerados no ventre de uma mãe amável e dedicada e assim surgiu tudo a nossa volta. Era incontestável que a mulher era sagrada e necessária para que tudo fosse gerado.
As mulheres conheciam os mistérios da vida e da morte (por vivê-los mensalmente nos seus ciclos menstruais, no ato de dar à luz e nos cuidados com os moribundos e doentes) e tinham o dom da cura (por conhecer as ervas e saber como usá-las). Devido à sua sensibilidade e percepção expandida, elas eram as mediadoras nos intercâmbios entre seres humanos e os espíritos da Natureza, os ancestrais e os seres sobrenaturais. Por isso, durante muitos milênios, foram elas as parteiras, benzedeiras, curandeiras, sacerdotisas e profetisas, encarregadas de realizar as festividades de plantio e colheita, os ritos de passagem, as bênçãos e as proteções, o culto dos mortos, as previsões e a reverência às divindades.
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